Queria escrever um poema bonito
Daqueles bem digno
Da Academia Brasileira de Letras
Daqueles que fazem chorar
A mais funda das almas pedrejadas do mar
Dedicado ao meu amor
E tudo aquilo que rima com dor, louvor, p
avor e cantor
Mas para quê tudo isto?
Se vejo metáforas em seu sorriso
Literatura em sua alma
Letrinhas nos seus olhos
Vírgulas nas ondas dos seus cabelos
Exclamações em suas risadas
E reticências no seu silêncio?
Ah, coração
Que se esvaiam as palavras
Se posso olhar para dentro do meu amor
Não entendem vocês?
É de lá que sai toda a inspiração
Dos grandes poetas
Sinto e vejo tudo isto
Antes mesmo de virar tinta
Amo e tenho meu amor
Antes mesmo de me preocupar com rima
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
sábado, 25 de outubro de 2008
domingo, 12 de outubro de 2008
Sobre o tempo
Os homens trocam as famílias
As filhas, filhas de suas filhas
E tudo aquilo que não podem entender
Os homens criam os seus filhos
Verdadeiros ou adotivos
Criam coisas que não deviam conceber
O tempo passa e nem tudo fica
A obra inteira de uma vida
O que se move e
O que nunca vai se mover
O passado está escrito
Nas colunas de um edifício
Ou na geleira
Onde um mamute foi morrer
O tempo engana aqueles que pensam
Que sabem demais que juram que pensam
Existem também aqueles que juram
Sem saber
(Nenhum de nós)
Os homens trocam as famílias
As filhas, filhas de suas filhas
E tudo aquilo que não podem entender
Os homens criam os seus filhos
Verdadeiros ou adotivos
Criam coisas que não deviam conceber
O tempo passa e nem tudo fica
A obra inteira de uma vida
O que se move e
O que nunca vai se mover
O passado está escrito
Nas colunas de um edifício
Ou na geleira
Onde um mamute foi morrer
O tempo engana aqueles que pensam
Que sabem demais que juram que pensam
Existem também aqueles que juram
Sem saber
(Nenhum de nós)
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