terça-feira, 4 de abril de 2006

Esta história já deve ser conhecida, mas a ouvi pela primeira vez ontem.


No fim do século XIX, uma burguesa, filha de um grande industrial, letrada e muito inteligente saiu para andar pela cidade. Durante sua caminhada, começou a ver a realidade de perto e voltou para casa com grandes idéias esquerdistas.

-- Pai! É preciso mudar isto! Você explora seus trabalhadores, as condições de vida são miseráveis, eles não têm dignidade. É preciso diminuir a carga horária, aumentar os salários, distribuir os lucros...

O industrial ouve tudo pacientemente e, depois da exposição das idéias revolucionárias da filha, responde.

-- Filha, quanto você tirou na última prova?
-- Nove.
-- A prova foi difícil, não foi? Você estudou, se esforçou...
-- Sim, papai, e muito.
-- E aquela sua amiga que não faz nada? Que só quer saber de curtir a vida, bebe, sai? Quanto ela tirou?
-- Ah, três...
-- Então, por que você não faz o seguinte: transfere três pontos da sua nota para ela. Ficam as duas com seis de média e passam de ano...
-- Ah, não! Mas nem morta... até parece!!
-- Bem-vinda à direita.

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