quinta-feira, 14 de julho de 2005

A saga de um gênio incompreendido/incompreensível
(aventuras de um amigou meu)

Reza a lenda que ele nunca beijou. Tem 25 anos (margem de erro: 1 ano para baixo ou para cima). Ouve música japonesa. Era "A" promessa no começo do ano. Tem uma imaginação fértil. Capacidade de organizar o pensamento: zero. Um amor de pessoa. Um ser estranho de pessoa. É uma pessoa. Físico em miniatura (nada que um Biotônico Fontoura não resolva). Seu nome? Não importa. Meu faro Freudiano me diz que ele teve algum trauma sério na infância.
Olhando por fora, reúne todas as qualidades para caracterizá-lo como CDF-convicto: magrinho, baixinho, japonês e de óculos. E, ele é CDF. OOoohhh... não se surpreendam, às vezes o stereotipo serve para alguma coisa.
Agora, imaginem vocês, ele fazendo apresentação de dança japonesa , coreografando crianças de 12 anos, brincando e rolando pelo chão com elas. Não! Não! Deixem o stereotipo de lado agora, ele não é gay! OOOOooohhh... fazem vocês! E eu digo... não, ele não é (com quase 4 anos de Campinas, posso dizer que sou pós-graduada na matéria "Será que ele é?").
Alguém aí já ouviu falar daquele famoso texto de Charles Chaplin que deveríamos nascer velhos e ir voltando, voltando até terminar numa gozada? Pois então... acredito que é isto que ele está fazendo. Por isto o declaro gênio da própria alma. Ele encontrou a infância dele agora, está vivendo a própria adolescência agora. Vocês me perguntam: Com 25 anos? Eu digo sim. E o que ele fez com a infância e a adolescência? Viveu como adulto. Estudou, estudou, estudou (não disse que era CDF?), cumpriu "responsabilidades" (da idade) com a disciplina de um pai com uma casa e cinco filhos pra cuidar, fez Kumon, Inglês, passou na Unicamp direto, "pensou" no futuro... e hoje ele vive em outro mundo.
Ok! Na nossa sociedade, isto é completamente recriminado, não tem nem o que discutir. Não teria coragem de fazer isso, apesar das minhas eternas crises nostálgicas e do meu jeito "alegre" e "infantil" de ser. Afinal ser gênio não significa fazer as coisas certas, mas, sim, incompreensíveis.
Agora, onde fica o amadurecimento? Não sei... procura aí... no meu bolso é que não está.


Enquanto isto...
Ana Clara e Daniela morrem, choram e se esguelam de tanto rir ao descobrir a saga de dança japonesa deste amigo. Agora, o que elas estavam fazendo? Reunidas com a Luciana e se descabelando por causa do TCC. Pois é... estamos indo no caminho de todos: amadurecendo e envelhecendo.

Nenhum comentário: