quarta-feira, 31 de maio de 2006

No caminho do meu prédio até o banco tem uma casa antiga. Não lembro como era antes, mas percebi que ela foi pintada. Quando olhei, tive a impressão que simplesmente jogaram um balde de tinta. Ela tem um monte de ornamentos, detalhezinhos, viradinhas, "frufruzinhos" que, simplesmente, "plóft" tomaram tudo a mesma cor: um coral-laranja-com-cara-de-rosa.
Como se tratava de um consultório num bairro de classe média alta da cidade, a tinta parecia daquelas super-ultra-mega-hiper-high-plus-master-advanced que, se deixar, quando tocar na parede, ela fala "bom dia" em cinco idiomas. No mais, não respeitaram nada.
Fui ao banco. Voltei pela mesma rua.
O choque já não era tão grande. E já não estava tão esquisita como eu achei da primeira vez. O que era "novo" era branco: o portão e as janelas (menos os batentes, só as janelas mesmo). Tinha lá um detalhezinho, novo também, de ardósia na entrada; e grama na frente. Insosso, sem graça, muito coral-laranja-com-cara-de-rosa e os ornamentos pareciam que estavam sobrando, não enfeitando, digo, virou uma marca do passado que a tinta high-tech escorrida não dava a mínima. Mesmo assim já não era tão incômodo e até passei a achá-la "bonitinha". Disse pra mim mesma: "acho que não entendo nada de pintura e decoração".

Um comentário:

Anônimo disse...

Pior seria se a tivessem derrubado...