segunda-feira, 2 de outubro de 2006

Homem

Vi ontem um homem
Nos límpidos pisos do shopping center
Catando produtos entre as vitrines
Quando achava alguma coisa
Não examinava nem cheirava
Passava o cartão de crédito com voracidade
O homem não era um jovem
Não era um velho
Não era um infante
O homem, meu Deus, era um bicho!

6 comentários:

Anônimo disse...

Continuando o papo sobre o Walter Benjamin hehe Gostei da paródia hehe Beijos.

Feliz disse...

olha só! poesia com crítica socio-econômica e por que não dizer antropologica! gostei.

Ana Clara disse...

Bruno:
Confesso que sempre tive uma disposição para trocadilhos e paródias. Não que eu seja mto boa nisto, mas destes mecanismos para a ironia é um pulo... e a ironia me gusta mucho, principalmente quando se trata de crítica e desta sociedade hipócrita.
;)
Beijos

Ana Clara disse...

É o tiago dono do céu?
Se o for, um dia ainda consigo fazer rodar a máquina de tear palavras com a mesma destreza artesã que você.
De todo modo, obrigada pelo comentário.
;)
Beijos

Feliz disse...

oi, moça. eu sou eu mesmo, do céu. ou do inferno, como desejam alguns. valeu pelo comentário elogioso lá no meu blogue. mantenha contato. beijo.

Álesson Paiva disse...

Muito bom.
Quase pude sentir o mau cheiro do dinheiro de plástico suado na calça do bichomem...