domingo, 15 de outubro de 2006

O pretérito pipa e o futuro da flecha

Eu tento levar a sério as coisas que me dizem. Portanto, sempre tendo a começar um texto com "disseram-me uma vez que...", porque assim me disseram e assim eu tentei fazer. Não fico surpresa quando o "disseram-me" sempre erra o alvo (confesso até esboçar um sorriso sarcástico). A semântica monta o arco, o significado puxa a flecha e a palavra dita irrompe da arma rasgando o ar, sugando-o de qualquer outra intenção não-dita. Há quem consiga força para lançá-la à lua, e erra o alvo. Há quem é fraco, franzino e pedestre e articula uma combinação certeira. Há quem una potência e precisão, mas isto fica por conta dos gênios.
E, em meio a esta competição toda, preciso avisá-los de algo que "não me disseram uma vez que". Pois é, desta vez, não me avisaram: esta flecha tem rabiola. Sim, estou te falando, a palavra dita tem rabiola. Trata-se de uma mistura (im)perfeita do pretérito pipa com o futuro da flecha. Estou enrolada com várias rabiolas. Quem manda soltar um monte de flechas?

6 comentários:

Feliz disse...

cuidado que às vezes os anjos fazem as pipas desbicarem. sabe o que é isso, não sabe?

Anônimo disse...

Beijinhos :)

Ana Clara disse...

Sei.
Eles fazem isto porque os anjos não têm sexo. :)
Bjos

Ana Clara disse...

daniela,
obrigada pela visita.
Outro bjo ;)

Feliz disse...

eros era uma criança de pau duro, sabia? mas essa é uma outra história. e sobre o lance do meu coração, não tem dona não, moça. nem bate por mais ninguém. quase não bate mais nem por mim.

Feliz disse...

queria conversar contigo, pessoa sensata. msn: tiagofeliziani@hotmail.com